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Ministério Público denuncia sete pessoas por fraudes milionárias no Detran do Piauí

O esquema envolvia o emplacamento de veículos fictícios, transferências ilegais de propriedade e financiamentos fraudulentos.

Redação
Por: Redação Fonte: 180graus
04/11/2024 às 12h51 Atualizada em 26/11/2024 às 13h54
Ministério Público denuncia sete pessoas por fraudes milionárias no Detran do Piauí
Crédito: reprodução/MP-PI

O Ministério Público do Estado do Piauí, por meio do Promotor Marcelo Monteiro, apresentou denúncia contra sete indivíduos acusados de integrarem uma organização criminosa responsável por fraudes bilionárias no Departamento Estadual de Trânsito do Piauí (Detran-PI). Entre os denunciados estão Wallace Fernandes, Bruno Manoel, Pedro Gabriel, Gabriel Seabra, Carlos André, Thalysson Santiago e Hélcio Martins.

As acusações incluem crimes como estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A investigação, liderada pelo Departamento de Combate à Corrupção da Polícia Civil, resultou na Operação “Turismo Criminoso”, que visou aprofundar os trabalhos iniciados na Operação “Hidra de Lerna”, focando em fraudes desde 2019. O esquema envolvia o emplacamento de veículos fictícios, transferências ilegais de propriedade e financiamentos fraudulentos.

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O grupo atuava em várias frentes, utilizando notas fiscais falsas e “laranjas” para ocultar suas ações. Wallace Fernandes e Bruno Manoel, primos e principais responsáveis pela operação, foram acusados de corromper servidores e despachantes do Detran-PI. Através de depoimentos, ficou evidente que eles atuavam em conluio com outros membros do esquema, movimentando valores suspeitos que totalizaram cerca de R$ 2 milhões em seis meses.

Além das fraudes, a investigação revelou conexões familiares entre os envolvidos. Hélcio Martins e Thalysson Santiago, por exemplo, são relacionados a outros membros do grupo e também foram acusados de movimentar grandes quantias em dinheiro de maneira incompatível com suas atividades.

A investigação ainda identificou Pedro Gabriel como um dos responsáveis por facilitar as operações financeiras do grupo, utilizando contas de terceiros para ocultar os ganhos ilícitos. Gabriel Seabra, por sua vez, tinha acesso privilegiado ao Detran, devido ao seu parentesco com um funcionário do órgão. Durante a operação, um dos alvos, Bruno Arcanjo, foi vinculado à morte do policial Marcelo Soares.

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