Com a aproximação do final de 2024, encerra-se também a atual legislatura das câmaras municipais em todo o Brasil. As eleições de outubro redefiniram as composições para o próximo ciclo legislativo, que terá início em janeiro de 2025. Em Pimenteiras–PI, as articulações políticas já começam a apontar os possíveis cenários para a presidência da Câmara Municipal, tema que desperta atenção e especulações.
A formação da nova Câmara reflete a dinâmica política local, com a reeleição da prefeita Lúcia Lacerda e uma base de apoio em seu favor. O bloco situacionista conquistou seis das nove cadeiras, enquanto a oposição garantiu apenas três. Esse desequilíbrio numérico praticamente inviabiliza uma candidatura oposicionista à presidência da Casa, dado que seria necessário apoio externo para alcançar a maioria simples.
Os vereadores eleitos pela oposição são Elane do Zelito (PT), Davilan Dantas (MDB) e Noeme Moura (PT). Embora não haja impedimento formal para que qualquer um deles dispute a presidência, as chances de sucesso são remotas diante do contexto desfavorável em termos de votos.
Já o bloco situacionista, composto por Janaína Lacerda (PSD), Francineide do Ademar (PSD), Filho Gomes (PSD), Dedé Juriti (PSD), Claudiana do Pretinho (PSD) e Osvaldo Manu (PDT), detém a força majoritária. É, portanto, no seio dessa base que se concentra a discussão sobre o futuro comando da Câmara.
Entre os vereadores eleitos pela base da prefeita, destacam-se quatro nomes com maior potencial para a disputa: Janaína Lacerda, Francineide do Ademar, Filho Gomes e Dedé Juriti. Todos possuem experiência legislativa, o que lhes confere maior legitimidade política para ocupar o cargo.
Os outros dois vereadores da situação, Claudiana do Pretinho e Osvaldo Manu, embora possam ser considerados, enfrentam o desafio de estarem em seus primeiros mandatos, uma condição que, historicamente, reduz as chances de sucesso em disputas pela presidência de câmaras municipais. Ainda assim, a política é dinâmica, e surpresas não podem ser descartadas.
Um ponto relevante no cenário de 2025 é a composição da Câmara com maioria feminina, algo inédito na história política de Pimenteiras. Com cinco mulheres entre os nove parlamentares, surge a possibilidade de uma mulher presidir a Casa, reforçando a representatividade feminina nos espaços de poder.
Embora nenhuma declaração oficial tenha sido feita por parte dos possíveis candidatos, os bastidores indicam que as articulações já começaram. Definir a presidência da Câmara não é apenas uma questão administrativa, mas também estratégica, pois influencia diretamente o ritmo e a dinâmica entre o Executivo e o Legislativo.
Assim, o desfecho dessa disputa deverá evidenciar o equilíbrio de forças no município. Até lá, o eleitorado e os interessados no cenário político local terão que aguardar os desdobramentos para conhecer o novo comando do legislativo de Pimenteiras.