Um dos tipos de câncer mais comuns entre os brasileiros e o de maior incidência entre crianças e jovens até 15 anos, é a leucemia, caracterizada por afetar o sangue, atacando, inicialmente, as células-tronco existentes na medula óssea. No Brasil, estima-se que mais de 11,5 mil novos casos sejam registrados em 2025.
Essas informações, segundo a médica hematologista, Alessandra Cerqueira, mostram um cenário que necessita de atenção e busca por atendimento especializado, logo que se perceberem os primeiros sinais ou sintomas.
“Eu posso ter fadiga, fraqueza, indisposição que, no geral, são sintomas da anemia, assim como manchas roxas pelo corpo, sangramentos espontâneos. Mas eu quero reforçar, que a anemia não vira leucemia. A leucemia, desde o início, já é uma doença em si e uma das suas manifestações é a anemia”, destacou.
Segundo a especialista, a maioria dos casos não necessariamente depende de alguma predisposição genética, podendo ter se originado por fatores ambientais e que levam a mutações no DNA.
“A maioria dos casos é adquirido e uma minoria são geneticamente transmitidos. O adulto e a criança podem ter mutações adquiridas ao longo da vida, e aí, entram os fatores ambientais. Praticar atividade física, ter uma alimentação saudável, são alguns fatores que podem nos proteger para evitar que nossas células sofram essas mutações”, destacou.
Já entre as formas de tratamento, podem ser indicadas a quimioterapia, que age na eliminação das células cancerígenas, e a depender do grau da doença e da resposta do paciente, o transplante de medula óssea, parte responsável pela produção do sangue no organismo, e que depende da solidariedade da população para ajudar mais pessoas.
Alessandra Cerqueira comenta ainda sobre o quão importante pode ser a doação de medula óssea para quem espera um tratamento e também a possibilidade de salvar vidas. “É muito importante sempre lembrar que ao ser um doador de medula, você tem a chance de ajudar pessoas do mundo inteiro que estão ali ansiosas e que a chance da cura daquela doença depende de uma medula compatível”, reforçou a especialista.